Formas de calcular os custos e reflexos nos lucros


Existem diversas formas de determinar os custos de produção dos estoques de uma empresa e cada uma delas pode influir significativamente no resultado da empresa. Portanto, é importante para o empresário conhecer todas essas formas, de tal sorte que possa decidir qual a alternativa a escolher e como, nas circunstâncias, será o valor dos seus estoques afetados e qual o efeito desse reflexo no lucro ou prejuízo da empresa. Isto quer dizer que, dependendo da forma adotada de determinar o custo dos estoques e das vendas da empresa, o resultado final poderá significar ser maior ou menor o lucro. É importante todavia alertar que todas essas formas que mencionaremos são corretas e tecnicamente aceitáveis. E nesse sentido é importante alertar que a contabilidade muitas vezes permite utilizar uma ou outra alternativa para demonstrar, por exemplo o custeio dos estoques, sendo que as diversas alternativas existentes são todas tecnicamente corretas, ou seja, são geralmente aceitáveis. Não se trata de trata de manipular resultados, mas de adotar um ou outro procedimento que melhor convenha tecnicamente ou politi-camente à empresa nas circunstâncias. Todavia, as regras contábeis requerem que a empresa divulgue o procedimento adotado para que o leitor conheça o critério adotado, e mantenha o mesmo procedimento ao longo dos anos de forma igual (consistente). Alterações de procedimentos devem ser divulgadas em notas explicativas às demonstra-ções financeiras com os efeitos da alteração para que o leitor possa conhecer os seus reflexos nos resultados.

Os estoques de uma empresa podem ser custeados pelo método de custo padrão ou pelo custo real. E qualquer um desses critérios pode ser aplicável tanto à produção em série ou ao custo por ordens de serviço. As despesas indiretas podem ter absorção total ou não. E no caso do custo real de produção em série, a forma de apreçá-lo pode ser pelo custo médio (diário, mensal ou anual), ou pela forma de FIFO OU LIFO. Qualquer um desses critérios que vier a ser adotado, o resultado da empresa será diferente. No caso de custo padrão, este custo deve ser ajustado pelas variações entre padrão e real.

E para determinarmos esses reflexos no resultado da empresa, é preciso conhecer cada uma dessas formas de apurar o resultado. Se não vejamos. Um custo de produção em série pode ser padrão ou real. O custo real reflete o custo efetivo de produção, enquanto que o custo padrão reflete o custo estimado de produção, mas o custo padrão deve ser ajustado pelas variações entre o padrão e o real no que tange a eficiência entre padrão e real, padrão de quantidades previstas e efetivas, e variações de preço entre padrão e real, entre outras. Mas o custo real médio (mensal preferivelmente) e o custo padrão são os mais uniformes ao longo do tempo. Nos casos de custo real, o método FIFO (first in first out) refletirá o valor dos estoques pelas últimas aquisições, e o método LIFO (last in firs out) significará o contrário, ou seja, as últimas aquisições são as primeiras a serem baixadas do estoque, ficando assim o estoque registrado pelo valor das primeiras aquisições.

Assim, avaliando esses critérios no caso hoje do Brasil com uma inflação baixa, continua sendo indicado o critério de custo real médio ou custo padrão. Gerencialmente, o custo padrão constitui-se em uma ferramenta de primeira linha para administrar os custos e a eficiência e eficácia da produção. Em economia com inflação zero, não existe teoricamente diferença entre a sistemática de LIFO ou FIFO, sendo o efeito dos preços afetado apenas pela livre concorrência.

Outro fator que pode influenciar no valor dos custos, seja qual for o critério adotado, se refere ao critério de apropriação das despesas indiretas. Trata-se de uma área cinzenta ao se estabelecer o critério de apropriação de custos. Ou seja, existem correntes que defendem uma ou outra alternativa. Alguns entendem que somente as despesas relacionadas diretamente com a produção é que devem ser alocadas ao custo de produção; outros acham que os custos indiretos de produção (exemplo pessoal de CPD suporte à produção mesmo que alocado ao escritório central e não na fábrica) devem ser alocados ao custo de produzir os estoques, ao invés de em despesas administrativas.

Concluindo, dependendo da forma de apreçar os estoques, ou dependendo da forma de alocar as despesas indiretas de produção, o resultado da empresa será afetado para mais ou para menos; portanto, é um procedimento de escolha do empresário e do contador de custos.

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quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Formas de calcular os custos e reflexos nos lucros


Existem diversas formas de determinar os custos de produção dos estoques de uma empresa e cada uma delas pode influir significativamente no resultado da empresa. Portanto, é importante para o empresário conhecer todas essas formas, de tal sorte que possa decidir qual a alternativa a escolher e como, nas circunstâncias, será o valor dos seus estoques afetados e qual o efeito desse reflexo no lucro ou prejuízo da empresa. Isto quer dizer que, dependendo da forma adotada de determinar o custo dos estoques e das vendas da empresa, o resultado final poderá significar ser maior ou menor o lucro. É importante todavia alertar que todas essas formas que mencionaremos são corretas e tecnicamente aceitáveis. E nesse sentido é importante alertar que a contabilidade muitas vezes permite utilizar uma ou outra alternativa para demonstrar, por exemplo o custeio dos estoques, sendo que as diversas alternativas existentes são todas tecnicamente corretas, ou seja, são geralmente aceitáveis. Não se trata de trata de manipular resultados, mas de adotar um ou outro procedimento que melhor convenha tecnicamente ou politi-camente à empresa nas circunstâncias. Todavia, as regras contábeis requerem que a empresa divulgue o procedimento adotado para que o leitor conheça o critério adotado, e mantenha o mesmo procedimento ao longo dos anos de forma igual (consistente). Alterações de procedimentos devem ser divulgadas em notas explicativas às demonstra-ções financeiras com os efeitos da alteração para que o leitor possa conhecer os seus reflexos nos resultados.

Os estoques de uma empresa podem ser custeados pelo método de custo padrão ou pelo custo real. E qualquer um desses critérios pode ser aplicável tanto à produção em série ou ao custo por ordens de serviço. As despesas indiretas podem ter absorção total ou não. E no caso do custo real de produção em série, a forma de apreçá-lo pode ser pelo custo médio (diário, mensal ou anual), ou pela forma de FIFO OU LIFO. Qualquer um desses critérios que vier a ser adotado, o resultado da empresa será diferente. No caso de custo padrão, este custo deve ser ajustado pelas variações entre padrão e real.

E para determinarmos esses reflexos no resultado da empresa, é preciso conhecer cada uma dessas formas de apurar o resultado. Se não vejamos. Um custo de produção em série pode ser padrão ou real. O custo real reflete o custo efetivo de produção, enquanto que o custo padrão reflete o custo estimado de produção, mas o custo padrão deve ser ajustado pelas variações entre o padrão e o real no que tange a eficiência entre padrão e real, padrão de quantidades previstas e efetivas, e variações de preço entre padrão e real, entre outras. Mas o custo real médio (mensal preferivelmente) e o custo padrão são os mais uniformes ao longo do tempo. Nos casos de custo real, o método FIFO (first in first out) refletirá o valor dos estoques pelas últimas aquisições, e o método LIFO (last in firs out) significará o contrário, ou seja, as últimas aquisições são as primeiras a serem baixadas do estoque, ficando assim o estoque registrado pelo valor das primeiras aquisições.

Assim, avaliando esses critérios no caso hoje do Brasil com uma inflação baixa, continua sendo indicado o critério de custo real médio ou custo padrão. Gerencialmente, o custo padrão constitui-se em uma ferramenta de primeira linha para administrar os custos e a eficiência e eficácia da produção. Em economia com inflação zero, não existe teoricamente diferença entre a sistemática de LIFO ou FIFO, sendo o efeito dos preços afetado apenas pela livre concorrência.

Outro fator que pode influenciar no valor dos custos, seja qual for o critério adotado, se refere ao critério de apropriação das despesas indiretas. Trata-se de uma área cinzenta ao se estabelecer o critério de apropriação de custos. Ou seja, existem correntes que defendem uma ou outra alternativa. Alguns entendem que somente as despesas relacionadas diretamente com a produção é que devem ser alocadas ao custo de produção; outros acham que os custos indiretos de produção (exemplo pessoal de CPD suporte à produção mesmo que alocado ao escritório central e não na fábrica) devem ser alocados ao custo de produzir os estoques, ao invés de em despesas administrativas.

Concluindo, dependendo da forma de apreçar os estoques, ou dependendo da forma de alocar as despesas indiretas de produção, o resultado da empresa será afetado para mais ou para menos; portanto, é um procedimento de escolha do empresário e do contador de custos.

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